03 dezembro 2005

Carbamazepina

Aterrisando no papel, pensamentos flutuantes convergem rumo á alguma direção...

Mas lendo é que eu descubro que não estou só.
Porque foi uma idéia de um best-seller* , que não tinha se vendido pra mim mas foi o que sobrou na prateleira, que fez mais sentido que as minhas próprias.

Dali percebi, ainda que a custa extra de um mar de lágrimas e excursões á Av. Taquara, que não doem as fotos coladas nos álbums, guardadas nos armários e na memória virtual .
Dói o tempo que passou despercebido, a felicidade que tinha e desconhecia - o que era e se foi, aos poucos, mas pra sempre...

Jornal, revista, receita, bula de remédio, livros - bons e ruins.
Talvez procurando respostas ou apenas relatos que me comprovassem que eu não sou a única, foi que eu li, mais de uma vez, sobre o conceito da necessidade da dor. Que é preciso se experimentar o amargo para soborear o doce** e conhecer o inferno prar se apreciar o paraíso***. Diz o personagem desiludido do volume capa dura que abandonei na vigésima página:
"Até agora a vida me tinha mimado, e aí veio me oferecer medo e mal-estar."****

Então, se não sou só eu, e o mundo realmente dá voltas, felicidade deve chegar junto com o verão e mais alguns exilados da Grã-Bretanha.
A rede não é hoje o que era ontem, mas prevê que Dezembro vai trazer, antes do Natal e do Ano Novo, alegria em pedacinhos.
Se for preciso, doses prescritas e quilômetros rodados, pra encontrar partes de mim que se esconderam por aí...



* "Quando Nietzsche chorou" de Irvin D. Yalon
**Fala do personagem que sempre volta pra casa sozinho enquanto assiste o Tom Cruise se dar bem, em "Vanila Sky"
*** Um "coment" inspirado do Gab.
**** "O próximo amor" de Ives Simon

6 comentários:

Anônimo disse...

concordo com o q ta escrito, contigo e comigo mesmo - apesar de nao lembrar do comentario!

e o vai e vem se faz cada vez mais constante para mim...

V disse...

Claro que não lembra...
O comment foi do Luís!!!

Mas teria sido teu, se ele não tivesse se adiantado...

Luís B.P. disse...

Sim, o pouco que me resta eh parte roubada da genialidade do Gab.
Em todos os tipos de obras citadas em que tu encontras alguma identificacao esqueceste de uma, a musica. Entao, contribuirei sem medo, pois qualquer coisa, foi o Gabriel!!!

"As andorinhas voltaram
E eu também voltei
Pousar no velho ninho
Que um dia aqui deixei
Nós somos andorinhas
Que vão e que vem a procura de amor
As vezes volta cansada, ferida machucada
Mas volta pra casa
Batendo suas asas com grande dor
Igual as andorinhas, eu parti sonhando
Mas foi tudo em vão
Voltei sem felicidade porque na verdade
Uma andorinha voando sozinha
Não faz verão"

By Trio Parada Dura... e Durante!

Luís B.P. disse...

hauhauhauhauhuahuahuahuahu

desculpa, nao resisti.

Anônimo disse...

boa!

tu eh o verdadeiro genio senhor, eu sofro influencias externas... tu na essencia ja eh assim e sempre admiriei isso...

heheh... troca de gentilezas no blog da v... heuaheuahe

V disse...

A música até fez (algum) sentido...

E, tá, os dois são ótimos - e muito malas...

Eu já vi tanta coisa e ainda resta tudo pra ser visto. Queria te falar e falo, mas acho que é mais fácil de ser compreendida escrevendo. O tempo passa mais devagar que a velocidade do meu pensamento. Eu parei, mas a minha busca continua indo. Só ainda não sei onde....