26 março 2006

Help!

Alguém conhece HTML?
Me ajuda a consertar esse blog então...

22 março 2006

Conto de Quinta

E eis que o "Tema de Casa" de amanhã é escrever um conto partindo da seguinte frase, que deve ser suprimida depois:

"Quando acordou o dinossauro ainda estava lá."

Sim, e quem dorme com um dinossauro a espreita?
E quem escreve algo a partir disso?
Pensei em tanta coisa que fiquei bem perto de não escrever nada...
O que saiu foi isso:

" I*
Tudo permanecia intocado. As flores e os bombons, ambos subjugando-se ao calor.
Agora o bichinho estufado, encimando o conjunto, parecia um erro. No desespero, ele lembrou do comentário dela, na saída de um filme de ação:
- Eu não queria que ele tivesse morrido no final... Acho dinossauros tão fofos!
Não fora fácil encontrar um desses de pelúcia, mas ele não ia medir esforços para recuperá-la. E
smerou-se e mandou uma cesta enorme com presentes e um cartão pedindo desculpas. Muitas desculpas...
Durante toda a noite ficara a espreita no carro, em frente a casa da amada, esperando a hora que a moça saísse para receber os mimos.
Cochilou um pouco e o dia já amanhecia. A porta da frente não havia se aberto, mas ele estava certo que ela estava em casa e que tinha visto sua oferta de paz.
Mulheres! Tão difíceis de se entender...
Não queriam amor, carinho, um cara bacana ao seu lado?
Não gostavam de um sujeito decidido, que sabia o que queria e lutava pelos seus objetivos?
Não tem motivo pra toda essa birra então!
Ele era um lutador, e sabia exatamente o que queria.
Queria ela!
E queria a outra também...
Pena esse pormenor ter sido descoberto antes dele esclarecer tudo as duas.
Talvez o melhor fosse ter mandado uma jóia..."

*Corrigido em 02/04

Acho que vou pedir meu dinheiro de volta...
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E então, como ninguém estava entendendo nada e nem eu tinha gostado muito, resolvi escrever outro.
"II

Olhou em volta. O quarto era o seu mesmo. Ótimo.
As roupas atiradas ao redor também. Perfeito.
O chapéu côco de paetês pendendo do lustre não. Droga.
Virou-se devagar na cama, como que para ter certeza.
O dinossauro ainda ressonava profundamente ao seu lado.
Maldita festa a fantasia."

Vejamos o que o Charles K diz...
Ou se ele ainda vai falar comigo depois disso!

11 março 2006

Todo Carnaval Tem Seu Fim


(Warung - Praia Brava)

Ainda bem, devo acrescentar em nome da minha saúde, abaladíssima ao final dessa temporada Verão 2006.
Como tem acontecido nos últimos anos, esse "Veraneio" dava um livro, tamanha quantidade de histórias que rendeu. Que fique registrado que me divirto cada vez mais, não importa o que aconteça, ou que eu não me lembre muito bem!!!

Pra fazer um resumo e não perder o hábito de listar e classificar tudo, seguem minhas indicações particulares para os "Top Five" dessa estação:

1. Meu escritório é na praia: Rosa
Não sei se é só comigo, mas defendo que aquela praia é um portal perdido. TUDO pode e acontece por lá...
2. Pé na estrada: Santa Maria
Alguém por favor me impeça de ir para essa cidade mais vezes! Não sei se posso suportar o impacto físico e psicológico...
3. Deixe que digam, que pensem, que falem: Gente da minha idade é MUIIIIITO chata!
Estou eliminando oficialmente uma década da minha idade pra poder me divertir mais sem ter que dar satisfação!!! E defendo que Balzac tem aplicação apenas na visão masculina...
4. Se ELE dança, eu danço: Warung, na Brava de Itajaí
Que me perdoem a ignorância, mas descobri o lugar esse ano e até agora estou apava com a visão do sol subindo no fim da pista... Me acabei dançando e ainda quero descobrir da onde vinha tanto homem bonito e onde eles se escondem durante o ano.
5. Vai tocar no meu radinho:

I believe in the wonder
I believe this new life do can
Like a God that I'm under

There's drugs running through my veins

I believe in the wonder
I believe I can touch the flame
There's a spell that I'm under
Got to fly, I don't feel no shame

The world is mine
The world is mine
The world is mine

I've lost my fear to war and peace
I don't mind that (the world is mine)
You take the price and realize
That to your eyes (the world is mine)

Take a look what you've started
In the world flashing from your eyes
And you know that you've got it
From the thunder you feel inside

I believe in the feeling
All the pain that you left to die
Believe in believing
In the life that you give to try

The World Is Mine - David Guetta

Mais ou menos como disse um amigo: "Agora começa aquele insuportável intervalo entre a Quarta-Feira da Cinzas e as festas de Final de Ano..."

09 março 2006

Quinta feira, 10 hs.

Começei a Oficina Literária do Charles Kiefer hoje.
Final do ano concorrerei ao Nobel de Literatura...
Por hora, tema-de-casa.
...

Olinto era meu avô.
Do alto dos meus dois anos de idade parecia um gigante.
Ele, todo pernas e braços que não se acabavam, enroscado junto ao fogão à lenha, chupando um mate. Eu, toda teimosia e manha, rainha pingo de gente, aproveitando-me da condescendência de minha avó.
"Quero colo!" reinava sempre na volta dos passeios, e sentava no chão desafiando a negativa. Como resposta duas mãos de ferro, uma num pé, outra num braço e a birrenta retornava arrastada para casa.
De poucas palavras, gastou algumas tentando me convencer a sair cedo da cama: "Se tu te levantar antes, pode dar uns mergulhos...", dizia com um ar misterioso.

E então, inventava a lenda de um mecanismo mágico que, fantasticamente, trabalhava para substituir a horta do fundo da casa por uma refrescante e límpida piscina. Mas somente para quem estava de pé já no começo das manhãs!

Pensando agora, acho que sempre foi um guri.
Me ensinou a andar de bicicleta sem rodinha, correndo atrás de mim na frente da casa. "Me segura, vô!!!!" e quando eu via ele já tinha soltado...
Soltava pipa para mim, porque eu nunca entendi como - guria de carpete.
Da porta da frente, eu cansava assistindo ele e o machado, produzindo lenha pro forno da D. Elocy em montanhas.
Comia açúcar cristal direto do açucareiro, de colherada, para "adoçar a boca".
Arranjou namorada trinta anos mais nova, pouco depois de enviuvar, e era o homem mais bonito no casamento do primo Lúcio, com as meias combinando com o lenço da lapela.

Quando ele foi eu estava na cidade a trabalho.
A notícia fazia sentido, mas eu demorei a acreditar.
De uma realidade paralela, acompanhei os preparativos para o enterro.
No caixão não tinha gigante nem guri.
Não chorei, mas me recusei ir ao cemitério.
Fiquei na casa, fui ao quintal e procurei a piscina...


Corrigido em 24/03
...

Putz, tomara que eu aprenda alguma coisa...
Eu já vi tanta coisa e ainda resta tudo pra ser visto. Queria te falar e falo, mas acho que é mais fácil de ser compreendida escrevendo. O tempo passa mais devagar que a velocidade do meu pensamento. Eu parei, mas a minha busca continua indo. Só ainda não sei onde....