24 dezembro 2007

Dramin

Não, não naufragamos.
Voltei faz horas mas ainda não fui capaz de atulizar o blog com um post sobre a navegada propriamente dita.
Mas é que só de pensar fico mareada.

Quando o meu estômago parar de balançar eu conto.


07 dezembro 2007

Respingos


As janelas e portas, e eu...



1. Parati, paramim, paratodosnós...

Fomos visitar Paraty (ou Parati?) na terça-feira.

O Centro Histórico é a principal atração.
Casas portuguesas brancas com as janelas e portas pintadas em cores contrastantes.
Ótima fundo para fotografias...



Pés de moleca...


O pitoresco pavimento irregular de pedras pé-de-moleque começa a encher o saco depois da primeira meia hora, mas a idéia é mesmo desacelerar o passo e curtir o ar de Brasil imperial que a cidade tem.
Milhares de lojinhas distribuídas pelos labirintos de construções idênticas nos distraiu pelo dia inteiro.

Lá deixei pra trás algumas patacas e arrematei bons presentes de Natal.
Num momento singular, experimentei a legítima Maria Isabel, considerada a melhor cachaça produzida na cidade, ao lado da ainda mais legítima Dona Maria, que caminhando sem sapatos surgiu no Empório da Cachaça para apurar as encomendas para o seu alambique... (que aliás fica pertinho dali, na beira do mar.)


Arrematamos o dia com um animado happy hour num dos melhores restôs da cidade.
Além de um ambiente para lá de agradável, com música ao vivo de primeira qualidade (tinha até um contrabaixo!) o Margarida Café oferece pratos apetitosos com preços honestos. Os donos (gaúchos, Gabriel!!!) são responsáveis pelos requintados acepipes que saem da cozinha envidraçada e pela adega climatizada que apresenta mais de 2500 garrafas esperando que um sedento turista vá lhes tirar a rolha...
Um simpático cusco vagueando entre as mesas complementa o clima pitoresco do lugar, que fica num charmoso casarão de esquina, em frente à Praça do Chafariz.

2. Zen e a arte de sobrevivência em barcos à vela

A regra geral par marinheiros de primeira viagem é NÃO FAÇA NADA QUE NÃO TE MANDAREM.

No Horizonte, uma placa que diz "Nadie és perfecto, expeto el capitán" deixa bem claro que tudo o que você fizer - mesmo o prosaico ato de ir ao banheiro - tem um macete oculto que só será descoberto com a supervisão do comandante.
Por favor, não entre de sapatos no barco, e por gentileza, não os deixe por aí fora de lugar, não abra portas se não for fechá-las imediatamente, não penteie os cabelos no banho e pelamordedeus, não encha as formas de gelo no freezer!

Tenha paciência com os espaços exíguos, considere a água da mesma forma que o faria no Saara e se acostume com noites com iluminação "romântica".
Saiba que, quando houver vento todos estarão gritando frases sem nexo no convés e chamando o que você conhecia como "vela", "na frente", "atrás" e "puxar" por balão, proa, popa e caçar...
Quando não tiver vento eles vão gritar também e as coisas ainda vão ter outros nomes, só que aí eles estarão chateados de verdade.
Minha recomendação é sair do caminho e procurar o canto mais recluso da embarcação para ter certeza que não vai estar atrapalhando...muito.

Um bom livro é fundamental para quem não tem cursinho de vela, e a habilidade de se colocar - sempre sorrindo - tomando sol no lugar do convés onde não cruzam cabos ou repousam cordas.
Você certamente não é perfeito, mas a viagem pode ser, se você tiver um quê de espírito budista... ;-)


3. Springfield

Lembra da abertura dos Simpsons, em que o Homer leva na camisa uma barra de material verde-fosforecente quando encerra o expediente na usina nuclear onde trabalha?
Ontem conhecemos a Praia do Laboratório, uma estreita faixa de areia aos pés de Angra I.
O verde da água não é fosforecente, mas não se enxerga vestígio de vida na área, além das baratas marinhas...
Mergulhamos nas águas quentes da praia boa parte da tarde e ainda não nos caíram as unhas dos pés. (O Franco brilhou um pouco durante a noite, mas o lençol cobriu bem a luminosidade e dormimos tranquilos.)

4. Beira de estrada

No km 112,5 da Rio-Santos, á 15 minutos de carro da Marina do Bracuhy, está o melhor pastel de camarão que eu já comi.
O Bar do Chuveiro é fácil de localizar pelo enorme chuveiro aberto na frente do buteco. É água que vem do morro e calha muito bem pra tirar o sal (radiotivo) do corpo na volta da praia...
Os frequentadores também pedem os caldinhos de marisco e feijão para matar a fome, mas a grande pedida é o pastel.
No de camarão encontrei saboros exemplares do meu fruto-do-mar preferido, no tamanho do meu polegar!!!
Uma dúzia é suficiente para o jantar de três pessoas, que pode ter direito à sobremesa das varidades doces. Minha recomendação é o de banana com canela. Franco recomenda o de goiabada com queijo.
Todos concordam que vai ser duro encontrar pastel melhor...

5. Antes tarde do que mais tarde...

Motor consertado e estamos zarpando novamente...
O previsto é aportar em Floripa Segunda.
Inté!



Oh, captain, my captain...

03 dezembro 2007

Quando a vida te dá limões...

... junte açúcar e uma garrafa de vodka.

Se os planos deram todos errados a ordem é ignorar e fazer novos planos.

Não rolando de barco, vamos de carro.
Amanhã o destino é Paraty.
(e enquanto isso o mecânico dá um jeito no que deveria ter dado certo.)

Marinheiros do asfalto...


02 dezembro 2007

Navegar é preciso...

...mas motor também é preciso.
O nosso deu pau à meio caminho de Ilhabela.
Voltamos para o Bracuhy, meio contra à vontade, mas por orientações do comandante, que faz questão de manter o nível máximo de segurança para sua tripulação.

A saída agora é esperar a Segunda-feira, quando seu Róbson - o mecânico mágico - deve nos salvar e devolver o Horizonte ao roteiro programado.

Espero mandar notícias da bela ilha amanhã...

(Voltar de avião seria a derrota total.)

(Talvez nosso vizinho do Bracuhy, seu Samuel das casas Bahia nos dê uma carona...)

01 dezembro 2007

Todos à bordo!!!


Férias...em alto mar.

Bom, na verdade não tão alto assim.
Agora mesmo estou atracada na Marina de Bracuhy, em Angra e dá pra enxergar o fundo e os peixinhos ao redor.
Mas não vai ser sempre assim.

Saímos ontem do Piratas, também em Angra onde o Horizonte, nossa casa nos próximos dias, estava fazendo alguns reparos no estaleiro Verolme.
O Horizonte é o barco do seu Fernando Marsillac. Ele mesmo o construiu, ao longo de dez anos. Agora é o seu quinto filho.
Eu diria que o preferido. Franco já vai discordar... ;-)

O certo é que é um belo veleiro, com 54 pés e toda estrutura para nos levar daqui até Porto Alegre, no Veleiros do Sul. O estimado são cinco dias, mas podem levar até dez...(mais do que isso não, pela segurança de nossos empregos atuais.)

Ontem foi um dia de providêncas práticas, como compras de abastecimento para nossa jornada e pequenos ajustes no barco.
Hoje estamos aqui esperando o almoço e prestes à partir para Ilhabela, onde devemos passar a noite.

Amanhã à Deus pertence...

Saudações da tripulação!









31 agosto 2007

Mamãe acho que estou...

Acho que essa é uma boa explicação para minha ausência...




Não, não foi planejado...
E, bom... O pai NÃO É quem vocês estão pensando.
Aconteceu quando eu entrei neste site aqui http://babystrology.com/tickers/!!!

Alguma sugestão de nomes?

22 junho 2007

Então tá...

O futuro NÃO É dos androídes.

A evolução aponta para outro caminho.


http://blublu.org/sito/walls/2007/big/mix001.jpg




(Clique no link e depois na imagem para ampliar e ver onde...)



18 maio 2007

Sobram posts, falta tempo!

Antes que alguém me acuse...
Não é vazio de idéias, é excesso de atividades.
(Sim. Dormir até tarde no Domingo é classificado como uma atividade.)

13 abril 2007

Não, obrigada. Frango TAMBÉM é carne...


Alguém vai ter coragem de me perguntar por que eu não como frango também?
Essa eu tirei do meu blog favorito de comidas o www.dadivosa.org
Passa lá, minha filha!!!
Também tem receitas vegê, sensacionais

05 abril 2007

Diário de Não Consumo

Um moço que eu conheço certamente me perguntaria "Pra quê a punição?"
Ao que eu poderia fornecer um punhado de boas respostas: pela galopante fatura do meu cartão de crédito, pela busca de uma vida mais simples, para a adequação a um novo padrão... enfim.

Mas a verdadeira e derradeira verdade por trás da proposta de 30 dias de Consumo Zero foi um desafio informal. Meio que de mim para mim, mas através da sugestão de alguns amigos.
Acontece que faz algum tempo ouvi que se é Dependente Químico de tudo que não se consegue passar sem, por um período de no mínimo 90 dias. Se não dá pra ficar três meses sem, é dependente...

Então fui me testando.
E deu certo.
Até que encarei as Compras como um vício.

Comecei exatamente há um mês atrás. E determinei que não ia consumir nada que não fosse estritamente necessário - aí incluídos remédios, transporte, alimentação e gastos com salão de beleza. Que frugal sim, mas desmazelada não...

Dias 5 e 6 foram fáceis porque passei
enfurnada em casa lendo;
Dia 7 gastei R$ 2,00 indo ao
Centro, mas no dia 8 o gasto foi zero, por que não saí de casa;
No dia 9 peguei duas caronas pra economizar no transporte,
filei um almoço na casa da minha tia e tomei cafezinho com meu namorado. Minha
prima ganhou de presente de aniversário uma bolsa que eu tinha guardada em casa,
ainda com a etiqueta. Tremi no shopping olhando as vitrines...;
No dia 10 gastei R$ 5,00 com transporte e mais R$ 5,00 pagando a
sobremesa do jantar que meu namorado bancou;
No dia 11
propus programas culturais gratuitos e só desembolsei R$ 7,00 de transporte para
ver uma exposição no MARGS e um audiovisual no Planetário;
No dia 12 meu pai pagou o almoço;
No dia 13
gastei apenas R$ 2,00 de transporte e passei o dia trabalhando na casa da minha
mãe, onde toda a comida é FREE;
No dia 14 eu peguei carona
pra me deslocar até o salão, onde se foram R$ 83,00 para o serviço de barba,
cabelo e bigode...
No dia 15 fui convidada para almoçar por
um amigo e fui e voltei a pé. Comprei uma carteira e uma bolsa que já estavam na
minha listinha de compras previamente autorizadas e cujos valores nem me atrevo
a computar...
No dia 16 saí de casa de bicicleta e gastei
zero com transporte;
No dia 17 saí com amigos e o
transporte custou R$ 3,00 e a noite apenas R$ 15,00;
Dia 18
foram R$ 10,00 em doces e sorvetes para adoçar o Domingo;
No dia 19, uma amiga de fora chegou para visitar, e lá se foram R$
15,00 entre um almoço e café;
Dia 20 meu almoço foi uma
tigela de açaí de R$ 7,00 e uma fezinha na Mega Sena acumulada me levou mais R$
1,50;
Nos dias 21 e 22, os gastos foram só
de transporte, num total de R$ 12,00;
No dia 23 fui visitar
um amigo na Serra, a locomoção subiu para R$ 18,00. Gastei ainda R$ 4,00 num
lanchinho e R$ 12,00 para sair de noite;
No dia 24 saí com
meu amigo para almoçar e gastei R$ 25,00 numa seqüência típica italiana. Não
resisti em trazer uma lembrançinha para o namorado e desembolsei R$ 4,00 numa
cachaça de bergamota. Os custos de transporte totalizaram R$ 37,00;
Depois
dessas escorregadelas, os dias 25, 26, 27, 28 e 29 só somaram R$
3,00 de transporte;
O dia 30 veio com uma amiga de fora, e
lá se foram R$ 18,00 entre jantar e sobremesa;
Dia 31
trouxe mais amigos e um gasto de R$ 11, 00 com transporte, R$ 16,00 com almoço e
R$ 20,00 numa saída noturna;
O Domingo do dia primeiro me
levou R$ 4,00 para me locomover e R$ 13,00 para jogar conversa fora num café;
No dia 2, foram R$ 3,00 de transporte, R$ 5,10 num almoço
light para compensar os exageros do fim-de-semana e R$ 70,57 na farmácia;
Os
dias 3, 4 e 5 se passaram com
gasto zero, como que para fechar com chave de ouro, trinta dias de consumo
mínimo.

Claro que a minha rotina de trabalhar em casa facilita muito diminuir os gastos, e a cara de pau de aproveitar algumas caronas e refeições gratuitas também contaram. Mas de modo geral até fiquei bem satisfeita com o balanço geral.
Descontando-se uma grande escorregadela - que já estava prevista - e uma pequena - para agradecer os muitos almoços e jantares que o meu compreensivo e prejudicado namorado patrocinou - o saldo final pendeu para o lado positivo. Acho que gastei BEM MENOS* do que normalmente. E em comparação a um padrão de consumo que eu tive um dia tudo o que eu comprei equivaleria a uma novidade no armário.

Imagino que em breve o pessoal da Visa há de me ligar para ver se eu estou bem.
Resta saber se resisto mais 60 dias sem um modelito novo...
Ai! Os lançamentos Outono-Inverno!

P.S.: Não fui só eu que tentei, na revista Vida Simples de Fevereiro tem uma reportagem falando do assunto.

* R$ 431,17 descontando-se uns reaizinhos da bolsa e da carteira.

13 março 2007

Férias do Mike




Ah, sim...

O Mike também viajou de férias.

Foi velejar em Angra, que afinal trata-se um personagem mais assim...Caras.

Não tem muitos registros ou histórias, porque, ao que parece são todas sub (aquáticas, marinas e versivas.)

Mas aí estão. Fotos exclusivas de um ser verde singrando mares também cor de esmeralda.

(Te mete.)


01 março 2007

Olha que mosquito BONITO!!!

BONITO não é para qualquer um.

Natureza é muito legal e Ecologia é uma coisa muito bacana de defender, mas tem uma hora que uma boa filha da civilização quer mais é voltar para um lugar onde não é preciso carregar repelente de insetos na bolsa para jantar... (Caso não queira ser o prato principal dos mosquitos e pernilongos!)



Claro que até mesmo Docinho há de concordar que Bonito é um destino fantástico, que a cidade devia deixar a modéstia de lado e ser chamada logo de Lindo e que pode atender tanto as expectativas de crianças fãs de video game, quanto executivos sedentários e ecologistas de carpete.



Muitos dos passeios e trilhas podem ser e inclusive FORAM feitas alegre e ruidosamentepor grupos de (terceira? quarta? melhor ninguém me convence que é...) maior idade, e poucas apresentaram dificuldades para uma peste de oito anos.
Todos são altamente instrutivos, do tipo que deveriam ilustrar aulas de Geografia, Biologia, História, Química ou Física. As informações sobre Fauna e Flora que os guias apresentam fazem pensar. (Inclusive bobagens do tipo: "Será que se eu estivesse sem repelente os mosquitos sugariam todo o meu sangue?" e constatações práticas do Global Warming, como a reprodução astronômica destes infelizes chupadores...).

Nas estradas os tucanos voam ao lado do carro e as siriemas correm elegantemente enquanto o seu motorista se concentra em desviar das crateras e evitar que a lama jogue o veículo fora da via. Mas é sempre divertido espiar um ou outro lobo atravessando o caminho, e imaginar que uma onça pode estar assistindo tudo...
Perceber que os peixes não dão a menor bola para mais um turista ridículo de roupa de neoprene e snorkel também é espantoso, principalmente se considerarmos que não há quem não fique um pouco assustador com estes trajes.
E incrível é o número de lugares em que tudo o que pode ser dito não se fala e a respiração fica em suspenso, com o nome da cidade parecendo sempre meio óbvio.

Mas Docinho acredita que é melhor não visitar o município se preferir se exercitar nos corredores climatizados de um shopping center ou for muito sensível á mordidas de insetos e ameaças de ataques de animais.

Alguém já deve ter dito que a verdadeira beleza é a natural. E a que faz valer a pena...

28 fevereiro 2007

Fly Me To The Moon And Let Me Play Among The Stars

Docinho decidiu que a selva não era páreo para ela.


No caminho do Mato Grosso do Sul, os maiores desafios foram as esperas nos aeroportos e as refeições racionadas da Gol...


Férias do quê?


Docinho mora no meu banheiro.
Ela acha chato, claro.
É úmido e um pouco escuro e nada de muito emocionante acontece por lá.
Ela sabe que existe todo um mundo lá fora e se aborrece pensando que não está aproveitando tudo que poderia.

Mike é seu companheiro de prateleira e angústias.
Eles tem um plano e o Verão é a melhor época para colocá-lo em prática.

23 janeiro 2007

Tem coisas que só acontecem comigo...

Se minha vida fosse um seriado, esse seria o título.

E só não é porque ainda não me descobriram, porque os acontecimentos dariam um bom argumento...

Certo, eu me lamento perguntando "Quando foi que a vida ficou tão complicada?" mas sei mesmo que a resposta é uma piada. Ouço a claque com as risadas entrando...

A culpa é toda minha mesmo.

Porque a vida não é complicada. É facílima.

Outro dia, num semi monólogo de quase uma hora numa ligação interurbana eu me peguei dizendo á um amigo que uma das vantagens (Rá! vantagens?) de ficar mais velho era perceber que algumas coisas não tem a importância que damos a elas...

Nem vou falar das bobagens do tipo não ir numa festa porque não tinha roupa ou de não levantar da cadeira de praia porque estava gorda.

Estou falando de se pegar em orgulhos bestas ou conceitos vendidos.

Se prender a esta ou aquela mágoa ou levar em consideração opiniões de quem não ou nem.


Não é o padrão? Não se faz bem assim? Não é o comum?

Melhor pra mim...

É um trabalho de persuação. Própria.

Mas iniciei o ano fazendo um apelo "For a life less ordinary".

E vou atender o meu pedido.


Ah! E eu prefiro os anos ímpares!!!


Eu já vi tanta coisa e ainda resta tudo pra ser visto. Queria te falar e falo, mas acho que é mais fácil de ser compreendida escrevendo. O tempo passa mais devagar que a velocidade do meu pensamento. Eu parei, mas a minha busca continua indo. Só ainda não sei onde....