Aterrisando no papel, pensamentos flutuantes convergem rumo á alguma direção...
Mas lendo é que eu descubro que não estou só.
Porque foi uma idéia de um best-seller
* , que não tinha se vendido pra mim mas foi o que sobrou na prateleira, que fez mais sentido que as minhas próprias.
Dali percebi, ainda que a custa extra de um mar de lágrimas e excursões á Av. Taquara, que não doem as fotos coladas nos álbums, guardadas nos armários e na memória virtual .
Dói o tempo que passou despercebido, a felicidade que tinha e desconhecia - o que era e se foi, aos poucos, mas pra sempre...
Jornal, revista, receita, bula de remédio, livros - bons e ruins.
Talvez procurando respostas ou apenas relatos que me comprovassem que eu não sou a única, foi que eu li, mais de uma vez, sobre o conceito da necessidade da dor. Que é preciso se experimentar o amargo para soborear o doce
** e conhecer o inferno prar se apreciar o paraíso
***. Diz o personagem desiludido do volume capa dura que abandonei na vigésima página:
"Até agora a vida me tinha mimado, e aí veio me oferecer medo e mal-estar."****Então, se não sou só eu, e o mundo realmente dá voltas, felicidade deve chegar junto com o verão e mais alguns exilados da Grã-Bretanha.
A rede não é hoje o que era ontem, mas prevê que Dezembro vai trazer, antes do Natal e do Ano Novo, alegria em pedacinhos.
Se for preciso, doses prescritas e quilômetros rodados, pra encontrar partes de mim que se esconderam por aí...
* "Quando Nietzsche chorou" de Irvin D. Yalon**Fala do personagem que sempre volta pra casa sozinho enquanto assiste o Tom Cruise se dar bem, em "Vanila Sky"*** Um "coment" inspirado do Gab.**** "O próximo amor" de Ives Simon